sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê (...)

Imagina só
Que
mentira danada, ê Na verdade a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê (...)
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão 
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza... "
( A mão da Limpeza - Gilberto Gil)

Stop Motion

Vídeo confeccionado e editado por grupo de alunas de Terapia Ocupacional a partir da técnica stop motion

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Até quando?!


Até Quando- Gabriel O pensador
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa.  É compreensível: eles já comeram."
Bertolt Brecht

Igualdade

Muitos artistas que vem da perifeia aproveitam sua fama para divulgar a realidade. Esta música foi escrita por Moleque Dolores e gravada pelo grupo Monobloco.

Eu só imploro a igualdade pra viver, doutor
No meu Brasil
Que o negro construiu
A injustiça vem do asfalto pra favela
Há discriminação à vera
Chegam em cartão postal
Em outdoor a burguesia nos revela
Que o pobre da favela tem instinto marginal
E o meu povo quando desce pro trabalho
Pede a Deus que o proteja
Dessa gente ilegal, doutor
Que nos maltrata e que finge não saber
Que a guerra na favela é um problema social
Eu não sou marginal
Eu só imploro a igualdade pra viver, doutor
No meu Brasil
Que o negro construiu
A injustiça tem o colarinho branco
Usa sapato e tamanco compra tudo que quiser
Tem limusine, avião, BMW
Compra sua imunidade só pra agir de má fé
Enquanto isso os favelados vão sofrendoE por aqui vou escrevendo
E vou cantando a minha dor, doutorI
ndignado com tanta corrupção
Que maltrata os inocentes e alivia o ladrão
Com o tal do mensalão
Eu só imploro a igualdade pra viver, doutor
No meu Brasil
Que o negro construiu

Se eu pudesse eu não seria um problema social

Música Problema social - Seu Jorge

Escolhemos essa música para apresentar o blog, como um disparador para reflexão da realidade brasileira. Essa música é bem interessante por tratar da própria realidade do autor.